Sala de Espera

  • Atomic Garden
    Idade: 19
    Lugar: Chapecó, SC.
    Condição: Frescura.
  • Lipedal
    Idade: 19
    Lugar: Santo Ângelo, RS, no meio da roça missioneira.
    Condição: Demofobia e Nerdice Aguda. Foi ao Mundo Real duas vezes, durante as quais ganhou uns graus de miopia devido à exposição ao sol.
  • Vexille
    Idade: 20
    Lugar: Recife, PE. É o único do consultório que mora numa cidade de verdade.
    Condição: Psicose e Esquizofrenia. Obsessão compulsiva por filmes clássicos de terror brutal e trash em geral.

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Mesa de bar

Por yusanã || 22:53:00 || 30 de ago. de 2006
Ok, depois de mentirem que eu tinha perdido o pau em um incêndio de proporções estratosféricas por causa da minha frigideira assassina, e de me jurarem de morte caso eu não postasse hoje, venho por meio deste post dizer que estou inteiro e com vontade de continuar assim.

O negócio é o seguinte, tive a idéia para esse post enquanto esfregava o chão da cozinha, então culpem o meu cansaço caso ele não esteja do seu agrado.

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Talvez alguns de vocês não saibam, mas eu curso Cinema e Vídeo na PUCRS, e hoje a tarde na disciplina de Roteiro, a professora nos deu o exercício de escrevermos uma cena com alguns pré-requisitos:

- Ocorrer num bar (qualquer tipo de bar);
- Ter em algum momento um beijo, e um tiro.

Minha idéia por enquanto é escrever sobre um sujeito que entra num bar de alta classe, chama o garçom, pede um martini e uma banana caturra. O garçom volta com o copo de martini, mas pede desculpas por só ter banana nanica. O homem discute com o garçom, perde a paciência e atira no mesmo...

E bom, acabaram-se as idéias. Ainda falta encaixar um beijo em algum lugar.

E é aí que vocês entram. Usem a caixa de comentários para darem as idéias de vocês. Pode conter alguma coisa da minha idéia idiota ou não.Vocês terão o poder de modificarem ativamente minha vida, não é interessante?

Dou-lhes até amanhã às 11 horas para terem boas idéias. Aí eu venho aqui, as recolho e posto o roteiro da cena em seguida.

Pensem bem, um dia poderão dizer que já contribuíram para o cinema nacional.

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Certo, filhos da puta. O Lipedal disse que não era mais para eu xingar os leitores, mas acho que vocês merecem. Nenhuma idéia sequer para uma cena envolvendo um bar, um beijo e um tiro? Acho que a criatividade de vocês pode ser comparada à minha vontade de postar. Já que é assim, vou postar o roteiro com a idéia inicial mesmo:

"PSEUDOBAGA"

INT. BAR – DIA

O bar é pequeno e limpo. Há vários tipos de bebidas em uma estante atrás de um bonito balcão de madeira, assim como uma chapa e um painel com uma lista dos preços dos lanches. À frente do balcão de atendimento há alguns bancos, e um pouco mais atrás, três mesas com assentos para quatro pessoas estão vazias, porém há alguns copos e pratos nas mesmas. No canto do bar, um casal beija-se ininterruptamente numa mesa mais distante. Um BARMAN, 42 anos, careca e gordo, limpa um copo.

JOHN, 46 anos, paletó e chapéu cinzas, ENTRA, senta-se num dos bancos e tira o chapéu, exibindo o pouco cabelo grisalho que lhe resta.

JOHN

Garçom, um Martini por favor.

BARMAN

(enchendo o copo)

Claro, chefia. Mais alguma coisa?

JOHN

Hmmm... Está muito frio hoje. Acho que vou querer uma banana.

BARMAN

Uma banana?

O BARMAN entrega o copo ao John que o toma num só gole.

BARMAN

Nanica?

JOHN

Ohh, não, não! Onde já se viu oferecer uma banana nanica à um trabalhador honrado como eu? Essas bananas e suas paradoxais denominações! Grandes como uma melancia e insistem em serem chamadas de nanicas! Nojento!

BARMAN

Me desculpe, é a única...

JOHN

Ora! Não me venha com suas desculpas! Bons tempos aqueles em que eu podia sair do trabalho e descansar comendo bananas caturra. Agora todo lugar que eu vou é a mesma coisa, banana nanica pra cá, banana nanica pra lá. Estou cansado disso tudo. Vocês são todos uns vendidos! Malditos capitalistas!

LADRÃO, rosto encapuzado e mão direita fazendo volume por dentro de uma jaqueta branca aberta, como se carregasse uma arma, ENTRA pela porta principal.

LADRÃO

Isto é um assalto!

O Barman ergue as mãos, o casal continua beijando-se.

JOHN

Mais isso agora! Você vê? Nem mais criatividade os ladrões de hoje em dia têm! Primeiro estragam as bananas, depois tiram a emoção do crime. O mundo está perdido!

LADRÃO

Ei, eu disse que isso é um assalto!

Você não pode ignorar um ladrão com uma arma! Eu posso te matar!

JOHN

Você e seus clichés não causam medo à uma formiga sequer. Olhe para esse capuz, há um ladrão com esses em cada esquina.

LADRÃO

(Sentando-se ao lado de John.)

Oh, você acha? Como eu deveria entrar para ser mais impactante?

JOHN

Ora! É muito simples. Tudo o que tens a fazer é...

O Ladrão tira a mão de dentro da jaqueta e mostra que na verdade carregava uma banana.

JOHN

(cont.)

Ei! Isso é uma banana caturra?

O Ladrão esconde a banana rapidamente. O barman abaixa os braços e recosta-se no balcão.

LADRÃO

Banana? Onde você viu uma banana?

JOHN

Não queira dar uma de esperto agora. Você estava tentando nos roubar com uma banana!

LADRÃO

Não, eu não estava!

JOHN

Sim, você estava!

LADRÃO

Não, eu não estava!

JOHN

Sim!

LADRÃO

Não!

JOHN

Olhe, não adianta me enganar. Eu vi uma banana. E era uma banana caturra!

LADRÃO

Oh, é claro! Ou você achou que eu iria assaltar um bar com uma nojenta banana nanica? Ohhh, eu tenho nojo só de pensar em sair por aí com uma coisa nojenta daquelas...

JOHN

Rá! Então você admite que está carregando uma banana!

LADRÃO

Não! Eu...

JOHN

Pare com isso homem! Tenho uma proposta a lhe fazer...

John tira uma revólver calibre 38 do paletó e coloca em cima do balcão. O Barman abaixa-se atrás do balcão.

JOHN

(cont.)

Que tal você me dizer onde conseguiu essa banana e em troca eu lhe dou uma arma de verdade para você assaltar o bar que quiser?

O Ladrão coloca a banana sobre o balcão, pega a arma e começa a admirá-la. John pega a banana, descasca-a até a metade e a admira da mesma maneira.

O Barman levanta-se de trás de balcão empunhando uma Shotgun.

BARMAN

OK! Acabou a brincadera. Larguem as armas!

John e Ladrão empunham suas “armas” na direção do Barman. Os três encaram-se por alguns segundos, cada um dividindo sua mira entre os outros dois. John começa a tremer. A ponta da banana quebra e cai no chão. Os outros dois imediatamente passam a mirar o agora desarmado John.

JOHN

(Caminhando de costas até a saída)

Ei, pessoal... Tudo o que eu disse... Era tudo brincadeira, viu? Tudo bem vender bananas nanicas, eu até gosto delas! Agora deixem-me...

John vira-se e tenta correr até a porta.

LADRÃO

Volte aqui com minha banana!

Ladrão atira. John cai morto em frente a porta. Barman vira e atira no Ladrão. O corpo do ladrão pára em cima de uma mesa, derrubando copos e pratos.

Barman larga a arma em cima do balcão e dirige-se até o casal sentado no canto do bar. Ele os interrompe com um safanão e faz um sinal para que eles saiam. O casal então troca alguns sinais e levanta-se. Quando vêem os corpos assustam-se, mas são logos empurrados para fora do bar. O Barman tranca a porta.

FADE OUT

FIM


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É ou não é a coisa mais nonsense que vocês já leram? E o governo ainda dá bolsa de estudos para mim. Esse país é uma merda mesmo.

Sugestões, reclamações e contratações, enfiem no cu, já que não quiseram dar idéias.

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Super #4

Por Lipedal || 14:06:00 || 28 de ago. de 2006
Um aviso ao pessoal: a casa do Atomic pegou fogo enquanto ele fazia arroz, mas ele tá bem. Bem afundando numa cama da UTI. Tommy mandou avisar que logo que achar dedos baratos pra vender no camelô, ele posta alguma coisa aqui. Enquanto isso, contentem-se com o começo da primeira aventura de verdade do Super:

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A história só começou. Se alguém já tiver enjoado das tirinhas, por favor avise, que daí eu crio um blog à parte só pro Super e deixo o Dr. D liberado pra posts. Mas acho que é melhor não, com a atual escassez de posts e com o acidente recente do Atomic.

Pra quem não viu as anteriores, aqui a primeira, aqui a segunda e aqui a terceira.

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Super #3

Por Lipedal || 18:11:00 || 25 de ago. de 2006
Como prometido pro fim-de-semana passado, tá aí a terceira tirinha do Super na sexta:

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Perdão pela aparência um pouco suja dessa tirinha. É que eu pinguei catarro no caderno escrevi perto demais da espiral e o scanner não gostou disso. Finjam que o dia estava nublado na historinha e sejam felizes.

Para quem não viu as anteriores, aqui a primeira e aqui a segunda.

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Eu faço parte de um blog?

Por Vexille || 03:21:00 || 23 de ago. de 2006
Ah, é. Tinha esquecido. Pra compensar minha ausência, um presente amarelo pra vocês:


E falando nos nossos amiguinhos orientais, hoje estou planejando ver a mais nova obra personificadora da psicose amarela, Silent Hill. Tenho certeza que o Cabeça-de-Pirâmide não vai me decepcionar, mas mesmo assim, quando eu voltar, dou meu parecer pra vocês.

Update: Não me sinto apto a resenhar o filme com a maestria que ele merece. Saia do computador e vá ver o filme agora, e se emocione com a atuação incrível do Cabeça, apesar de que ele não estupra ninguém.

E eu ainda vou ter que ir ver o filme de novo, pra poder aproveitá-lo ao máximo. Vejam vocês, eu tenho uma INCRÍVEL sorte no cinema, e 90% das vezes vai haver um ou mais babacas na sala se coçando pra falar merda. Dessa vez, foram nada menos do que um grupinho de QUATRO VIADOS falando merda e cantando a canção do pênis quando o filme acabou. Tomar no cu, viu.

Outro Update: Pro caso da afirmação acima ter ficado confusa, vou esclarecer melhor. Na sala do cinema haviam quatro (hum + hum + hum + hum) pessoas do sexo masculino que fizeram uma opção sexual que faz o bebê Jesus chorar e traz ódio e angústia ao coração dos puros. E ao meu.

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Rapidinhas Atômicas

Por yusanã || 20:05:00 || 20 de ago. de 2006
Sinto desapontá-los, mas se algum de vocês pensou que eu havia sido raptado por algum gaúcho macho e estaria agora morto em algum canto do Guaíba, estou aqui postando para provar o contrário.

A razão para a falta de posts desse que vos fala, é simplesmente a falta de vontade de sentar na frente da cadeira e pensar em escrever alguma coisa engraçada. Afinal de contas, como disse no último post, virei dona-de-casa, e agora minha cabeça está muito preocupada em assuntos como "quando precisarei comprar açúcar novamente/será que esse papel higiênico dura até o próximo rancho ou me encontrarei limpando o rego com folhas de caderno na sexta-feira que vem?".

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- Puta que pariu! Olha lá! Tá pegando fogo naquele apartamento!
- É mesmo! Chama os bombeiros!

Levanto correndo da cadeira da sala, vou até a janela da cozinha e grito "Tá tudo sob controle pessoal!" com a maior cara de confiante que pude fazer. Depois procurei um pano de prato e abafei o fogo com ele.

Moral da história: nunca, eu disse NUNCA, saia da cozinha para almoçar e esqueça a frigideira com óleo no fogão aceso. O resultado final pode ser um pouco pior do que um pano de prato a menos, o teto chamuscado e uma fumaceira até as seis da manhã do dia seguinte.

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- Cara, nem se eu aprender a cagar moedas de um real eu consigo 150 pilas essa semana ara arrumar o monitor.
- Ah, mas o preço é esse cara. Estragou o tralala* e vai ter que trocar.
- Não cara, não tem como. Tchau.

Dois dias depois:

- Cara, 130 ainda é muito caro. Eu encontrei um monitor usado para comprar por 80 reais.
- Ah, mas usado não vai durar nem um mês. A gente vai te devolver teu monitor com peças novas.
- Não cara, não tem como. Tchau.

Dois dias depois:

- 120 dinheiros? Eu ainda saio perdendo.
- Mas teu monitor é um Samsung, é bom. Não pode ficar com ele estragado.
- Não cara, não tem como. Tchau.
- Ok, vou falar com minha gerente para ver até quanto podemos baixar.

Ontem:

- Cem reais em duas vezes? Fechado.

Moral da história: pau no cu da assistência técnica.

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Super #2

Por Lipedal || 14:54:00 || 18 de ago. de 2006
Mais cedo do que eu esperava, aí vai a segunda tirinha do Super:

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Pra quem não viu a primeira, tá aqui.

Ainda nesse fim-de-semana sai a terceira.

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Arte: quadrinhos e Dia dos Mortos

Por Lipedal || 21:33:00 || 15 de ago. de 2006
Ah, finalmente estou postando alguma coisa aqui. A faculdade tá legal, fora as aulas de Geometria Analítica e de Cálculo, mas eu mal tenho tempo pra atender às necessidades fisiológicas, então não consigo escrever no Doutor Divago com tanta freqüência quanto gostaria.

Para espairecer durante as aulas, meu passatempo tem sido desenhar. Eu nunca soube desenhar, mas entre fazer algo que eu não sei me divertindo e fazer algo que eu não sei como parte do currículo, prefiro o primeiro. Sendo assim, meu tempo livre na última semana foi gasto com rabiscos de fim de caderno e um livro muito bom, "Desvendando os Quadrinhos", de Scott McCloud, sobre... err... quadrinhos. Ele é basicamente uma HQ gigante sobre quadrinhos. Quem lê isso deve estar pensando que é uma revista em papel-jornal de 10 páginas mostrando como desenhar rostos, mãos e tetas, com aquelas técnicas horríveis de desenhar uma bola, então uma cruz sobre a bola, e por fim desenhar as coisas em seus devidos lugares e apagar a bola e a cruz. Nada a ver. É um livro de verdade, de quem gosta de quadrinhos para quem gosta de quadrinhos, falando sobre cada elemento das histórias e dos quadros em si, mostrando técnicas de tempo, de movimento, de conclusão, de demonstrar os 5 sentidos por meio da visão, e por aí vai. É ótimo, e recomendo de verdade pra qualquer um que goste mesmo de HQs, ou que tenha uma mínima vontade de ser quadrinista.

Já volto ao livro, deixa eu fazer um pouco mais de diarinho.

Como muitos sabem, eu provavelmente vou morar com o Xile ano que vem. O MVVVSM (Medidor da Vontade do Vexille de Vir pra Santa Maria) já tá em 98%, o que significa que ele só não vai vir se ele descobrir que tem alguma doença grave e quiser passar seus últimos dias perto da família. Como isso é pouco provável, eu espero, e ele também espera, já comecei a me preparar psicologicamente para as bizarrices que terei que assistir quando morar com o Xile, em troca de ele zerar Less & Bicca 14 vezes com o máximo de pontos. Sábado assisti, tcharam... O Dia dos Mortos! Tenho que me acostumar com o fato de que Vexille é um maníaco por filmes trash de terror, ou de terror trash, então soube apreciar a obra de arte.

Duas cenas memoráveis até para um leigo: em uma, os zumbis comem um cara e enquanto sua garganta vai sendo arrancada sua voz vai ficando finiiiiiinha! Genial. Na outra um dos protagonistas é mordido por um morto-vivo no braço e sai gritando feito louco, porque pelo jeito virar zumbi não é algo muito agradável. A mulher-macho, que é sua amiguinha apesar das brigas, tem piedade dele: dá uma cacetada com UMA PEDRA DO TAMANHO DESSE MONITOR na cabeça do cara pra "anestesiar", depois pega UM FACÃO GIGANTESCO pra fazer gentilmente a união "facão U braço" e depois que o homem despeja alguns litros de sangue e ela vê que não dá pra ficar assim, FAZ UMA TOCHA e queima delicadamente o braço do cara. A violência é só sugerida, tá ligado?

Arte pura.

Ao menos de acordo com Scott McCloud, em "Desvendando os Quadrinhos":

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Pois é. Minha dica de hoje é: assistam O Dia dos Mortos e leiam Desvendando os Quadrinhos. Eudes, se você estiver lendo isso, aconselho mesmo a leitura do livro, caso ainda não tenha lido. Se você não conhecer scans dele, empresto o meu pra você escanear. Tem outro no estilo, de um tal Will Eisner, que parece ser mais conhecido que o Scott McCloud. Caso saiba da existência desse outro na internet, favor comentar. Valeu!

Mas agora chegamos ao verdadeiro propósito desse post, que parecia estar no fim. Inspirado pelas aulas de Cálculo e pelo livro acima citado, decidi que vou virar quadrinista nas horas vagas.

"=o", você deve estar pensando.

Pois é. Desenhar mal me diverte demais, e eu vi que os quadrinhos são um meio incrível para a dominação mundial divulgar minhas idéias. Então já elaborei meu primeiro personagem, com um parágrafo introdutório e a promessa de trazer suas tirinhas sempre que puder aqui pro Doutor Divago.

Eu sempre fui fã da Turma da Mônica, dos quadrinhos antigos da Disney e dos gibis do Homem-Aranha que eu encontrava nas gavetas do meu pai. O que mais me intrigava neles não era por que o Cascão não tem dedos do pé, como diabos o Homem-Aranha manipula aquele emaranhado de gosma branca sem que sua mãe perceba ou por que todos os pequenos da Disney são na verdade filhos sem pais criados pelos tios. O que mais me deixava perplexo era como meus personagens favoritos conseguiam ser iguais cena após cena? Eu mal conseguia desenhar dois círculos iguais, enquanto aqueles malditos, geralmente desenhados por mais de uma pessoa, mantinham um padrão assombroso em todas as histórias. Eu pensava que nunca poderia ser desenhista por causa disso, mas essa semana uma luz parou sobre minha cabeça e me explicou tudo: Mônica, Donald e Batman não têm a manha.

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Até a próxima =*

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Intervalo comercial

Por Vexille || 00:56:00 ||
Só pra avisar: o Lipeidoso prometeu post pra hoje, mais tarde.

Pro post não ser inútil, a bebida energética zen do Steven Seagal:

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Google na internet; Miojo no mundo real

Por yusanã || 02:21:00 || 11 de ago. de 2006
Caralho pessoal. Desculpem não postar mais nada aqui há um bom tempo. É que essa coisa de deixar de ser um vagabundo full-time está acabando comigo. Ainda mais que além de ter me tornado estudante universitário, virei também dona-de-casa, tendo que lavar, passar, cozinhar, comprar cebolinha e salsinha no super-mercado, recolher o lixo do banheiro, limpar a privada e realizar outras atividades não muito prazerosas periodicamente.

Para completar, passei o final de semana passado inteiro sem internet porque meus colegas de casa esqueceram de pagar a conta, e agora que esse fim de semana a internet voltará, meu monitor estragou e eu ficarei sem computador novamente.

Enfim, estão livres de minhas bobagens por enquanto. Semana que vem eu volto com algum texto engraçadinho sobre minha faculdade e os seres estranhos que nela habitam.

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Sozinho de novo

Por Vexille || 04:51:00 || 10 de ago. de 2006
Ao que parece, mais uma vez o Lipeidoso foi abduzido pelos professores malignos da faculdade, e forçado a um trabalho escravo de provas, trabalhos e estudo, e não está podendo nem entrar no MSN, quanto mais postar. O Atomic, por sua vez, está ocupado se divertindo com câmeras e brincando de ser diretor, e ainda tem que se preocupar com os afazeres do lar, já que agora ele é dona de casa.

Resumindo: sobrou pra mim a tarefa de entreter você, o distinto leitor, prostituindo minhas habilidades, como um macaco de circo. Mas acontece que eu também estou ocupadíssimo, fingindo que estudo. Afinal, eu tenho menos de 4 meses pra aprender (decorar) o conteúdo dos 3 anos do Ensino Médio, já que eu não sou pobre e não posso entrar na xiteragem feito o Atomic.

Para não deixar vocês chupando o dedo, eu lhes apresento a mais nova empreitada das mentes mais ociosas e criativas do mundo bloguístico: o Fórum Ócio Terminal.


Clique no cartaz do Movimento Vermelho para acessar o fórum.

O FOT foi idealizado no período de queda do FHBD, e deveria ser um fórum único para todos os blogs do momento que fazem parte da nossa panelinha. Mas o Kid gosta de ser o dono da bola, e ficou com o FHBD mesmo, mesmo que isso signifique desembolsar uma graninha pra um host pago (se bem que ele vai acabar não desembolsando muito, já que os foristas se compadeceram e começaram a doar).

Então, juntamente com o Cafetão, do Frango Misterioso, eu estou arrumando a casa por lá. O fórum ainda tá no começo, então não esperem um movimento frenético, daqueles que se você parar pra coçar os pentelhos, vai perder o fio da meada e ficar por fora da conversa. Mas com o tempo, seremos um fórum de respeito.

O poder é de vocês!

Nota sobre o último post: vocês estão precisando seriamente de umas aulinhas de português. Falaram de paródia, analogia, mensagens satânicas e subliminares e o diabo. Era uma CRÔNICA, seus loucos. Serpa e Sirius, parabéns, um dia vocês vão passar do vestibular.

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A história de Tony, o velho maníaco

Por Vexille || 00:13:00 || 7 de ago. de 2006
Era uma tarde fria na cidade de Iowa e as ruas brilhavam de umidade. Na entrada daquela robusta casa de madeira e compensado, uma van ostentava os dizeres México Aeronautica Espacio Administración. Lá dentro, um grupo de velhos amigos conversavam fervorosamente. Mas, alheio à reunião que acontecia lá dentro, um velho sentava sozinho na varanda, falando sozinho em intervalos regulares.
...

Atrás da cerca viva, os três garotos espiavam a varanda da casa pela beirada.

— Olha ele ali.
— Ele tá falando sozinho de novo.
— Deixem o cara em paz. Ele tem transtorno... quer dizer, esquizofrenia. Ou era doença de chagas? Vocês sabem do que eu tô falando. Além do mais, eu acho que ele não tem amigos.
— Ah, cala a boca, Ibraim.
— É. Não foi tu mesmo que colocou merda de gato no pára-brisa do carro dele anteontem?
— É, mas daquela vez ele mereceu. Ele ficou me ameaçando.
— Te ameaçando de quê?
— Não quero falar sobre isso.
...

Enquanto isso, lá dentro.

— Cadê o vô?
— O Tony tá lá na varanda, como sempre.
— Se a sua avó não nos chamasse aqui, guri, aquele velho provavelmente nunca veria gente na casa.
— Pega leve com ele, pessoal — o garoto retrucou, timidamente — Eu não acho que ele tem amigos...
...

Duas horas já haviam se passado desde que o velho Tony tinha se sentado ali. E por duas horas ele esteve gesticulando ao vento e falando obcenidades para quem quisesse ouvir, e pra quem não quisesse também. "Eles vão ver só. Eu tenho tudo gravado. Quando eu morava eu Connecticut, eu sempre comprava suco de laranja importado, minha esposa era granjeira e sempre me trazia umas coisinhas. Mas um dia eu ainda aprendo a jogar gamão." E murmurava alguma coisa sobre advogados e como cortar miúdos de porco.

...

— Eutanásia ainda não é permitido por aqui?
— Ainda não.
— Merda.
...

O velho parou de olhar para o céu e voltou seus olhos para a cerca viva, avistando um dos garotos, que espiava. O garoto estremeceu, fazendo os outros dois perceberem que tinham sido pegos. O velho Tony ficou apenas observando-os, sem se mexer. Fechou os olhos e fez uma cara pensativa. De repente, se levantou bruscamente e gritou:

— Vou falar pra mãe de vocês! — e o jornalzinho do bairro, escrito pelos meninos, foi fechado.

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Sob o céu sem estrelas de Santa Maria

Por Lipedal || 21:30:00 || 3 de ago. de 2006
Olá, Doutor. Já fazia um tempo que eu não vinha no seu consultório. Acontece que minha vida anda meio agitada: provas, trabalhos, exercícios, textos a escrever, livros a ler, jogos a jogar, filmes a assistir e tempo para nada. Às vezes preciso até estar duas vezes no mesmo lugar, como quando o professor de Circuitos Digitais acaba a aula às 18:35 e precisamente às 18:30 eu preciso estar em Geometria Analítica, a alguns prédios dali. Meus amigos me aconselharam a vir falar com você, desabafar um pouco, falar sobre meus sentimentos. Você sabe que eu não sou de ferro, Doutor, e é por isso que você existe.

Pra você ter uma idéia da situação, há duas semanas eu não tenho um verdadeiro fim-de-semana. Passei o último na casa de um colega em Santa Maria, fazendo um trabalho sobre os periféricos de um computador e jogando um jogo online qualquer, esperando ansiosamente o fim do domingo para que eu pudesse assistir Fantástico com a minha avó, a única coisa que me faz esquecer que eu sou um ser pensante, um universitário, e me dá o gostinho de uma vida comum. Meu ônibus saía às 19:15 de Santa Maria em direção a São João do Polêsine, a metrópole na qual resido agora. Calma, guarde essa seringa, não vou falar de ônibus, sei que você já está cansado disso. Saí às 18:30 da casa do meu amigo, em direção à parada do ônibus que me levaria para a rodoviária. Olhei para o céu, desconfortantemente preto, e lembrei de um livro que meu pai escreveu enquanto fazia estágio no planetário da mesma universidade em que estudo agora: "O céu de Santa Maria em setembro de 79", ou algo assim. Agora lá estava eu, a contemplar o mesmo cenário e a me perguntar como alguém poderia escrever um livro de astronomia sobre aquele céu sem estrelas.

Cheguei na parada de ônibus, onde as pessoas aguardavam encolhidas e o vento gritava e cortava, violento. Um corpo feminino, alto e bonito, esperava tamborilando os saltos do sapato no chão. Tinha belas nádegas e três grandes volumes na frente, um dos quais no meio das pernas. Me afastei e fiquei escorado em uma parede aí perto. Eu nunca vira um corpo feminino detentor de três volumes frontais àquela hora, 18:30, no começo da noite. Estranho, Doutor.

Em um banco ao meu lado, uma mulher gorda começou a conversar. Gesticulava de um modo forte, em movimentos circulares, enquanto falava palavras incompreensíveis para mim. Olhei para o espaço à sua frente e deduzi que ela estava conversando com o ar que, gélido e frio, continuava assobiando. Coloquei minhas luvas e cheguei mais perto para escutar a conversa.

— O Renan não dórmi di noiti, fica fuque fuque fuque na cama, fuque fuque, a língua mnhmw nhuwmmm não dórmi, fuque fuque, se não quiser mnhuwm fica fuque fuque assim ó... – e fez mais gestos circulares com a mão, de vez em quando parando e apontando para o chão.

Voltei para meu encosto. Inalei a fumaça do cigarro de um velho branco de dentes pretos e dedos amarelos, que tentava em vão soprar o vento frio para longe. "O que aquela mulher tem?", pensei.

— Procura no Google. – ouvi de relance em um grupinho de três garotos com celulares modernéticos que falavam sobre as funcionalidades dos modelos de cada um.

Olhei para o fim da rua, nada do ônibus. Olhei para o céu sem estrelas de Santa Maria. Dei mais uma tragada passiva no cigarro do velho e aguardei sileciosamente, enquanto uma mulher bem vestida e seu filho acomodavam-se na parada. O garotinho, vestido em um terno branco impecável, dava pulos para espantar o vento frio, que parecia incomodado de ter que ceder lugar para os dois. A mãe, visivelmente receosa, aquietava o filho e olhava nervosamente para o fim da rua. O velho olhou para a criança, a criança sorriu e a mãe puxou-a mais para perto. O velho tornou a olhar para o vazio e a me oferecer seu cigarro, insistente.

— Fuque fuque fuque...

Uma luz apareceu ao longe, e outra e mais outra. Diversos ônibus pararam à parada, mas nenhum levava à rodoviária. Duas senhoras fofoqueiras, juntamente com o grupinho de jovens que agora riam dos fuque fuques da mulher gorda, entraram em seus respectivos transportes e acomodaram-se. Próclise, Doutor? Do que o senhor está falando? A mãe puxou o filho para o ônibus quentinho do fim da fila e em seu rosto tornou-se visível um sinal de alívio. No meu não.

A mulher gorda foi embora a pé, passando por um velho baixinho que chegava apoiado em uma bengala. Tinha ares de barão, e olhou para o nada de um modo severo, como se mandasse o vento parar de assobiar em sua presença.

— Wnhmmmn né? Fuque então mwmnhum o Renan, não dórmi não dórmi. – ouviu-se ao longe.

Mais uma luz despontou no horizonte. O velho com jeito de senhor do engenho chegou mais perto da sarjeta, como se não fosse sair enquanto o ônibus não pedisse licença. E lá estava, em letras garrafais, RODOVIARIA. Tive certeza de ouvir o vento soprar um "já vai?" no meu ouvido. Dei uma última estremecida e subi.

Quer saber, Doutor? Não importa quantos trabalhos eu tenha que fazer e para quantas provas eu tenha que estudar. Da próxima vez fico em casa assistindo a um relaxante filme de terror, ao invés de sair para as amedrontadoras ruas sob o céu sem estrelas de Santa Maria.

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Mitocôndria, aparelho de Golgi

Por Vexille || 00:25:00 || 2 de ago. de 2006
Comecei hoje (ou ontem, dependendo do teu ponto de vista sobre que dia é depois da meia-noite) um cursinho pré-vestibular, o que significa que provavelmente estarei postando menos se eu resolver começar a estudar depois de cerca de 5 anos de vadiagem — não que eu postasse muito antes disso, mas enfim. E hoje eu me lembrei por que tinha abandonado o ensino médio há um ano e meio: a incrível quantidade de MERDA que tu é forçado a DECORAR. Vou dar um exemplo.


Você sabe o que é isso? Sim, é uma figurinha bonitinha feita no Paint. Não só isso, como também é uma PORRA de um fenantreno, uma cadeia fechada aromática polinuclear condensada. Você sabia disso? Se sabia, você se encaixa em uma das três categorias seguintes: é um químico/farmacêutico/algo que o valha, vai fazer vestibular no fim do ano ou fez vestibular ano passado; na pior das hipóteses, fez vestibular ano retrasado e tem uma puta memória.

Ou seja, 90% das coisas que tu tem que saber pra fazer a porcaria do vestibular — a menos que tu seja negro entre pelo sistema de cotas (eu conheço um cara que conhece um cara que passou uma semana na praia, só pra pegar um bronze, e fazer o vestibular como café-com-leite) — vão ser completamente inúteis pro resto da tua vida. Anos e anos de estudo, gasto de tempo, energia, dinheiro e saco pra aprender trocentas coisas que tu não vai usar pra NADA assim que sair o listão e tu ver que passou em Engenharia de Pesca. E então, dali a um tempo, tu vai abrir o ZSNES pra jogar Mortal Kombat Ultimate e vai perceber que esqueceu como dar o fatality de Kabal porque teu cérebro teve que liberar espaço pra armazenar "as válvulas que impedem o refluxo da circulação só podem existir em veias e vasos linfáticos".

Mas tá certo. Não sou eu que vou começar uma revolução para revolucionar todo o sistema educacional na busca por um mundo melhor, feito aqueles moleques idiotas, que sonham em serem VJs retardados da MTV, que saem pelo Orkut mandando scraps em massa pedindo pra todo mundo votar nulo nessas eleições, porque só assim vão acabar com o governo fascista opressor porco capitalista da ditadura Lula e criar a sociedade perfeita como na pátria mãe, Russia.

E sim, este post foi só um desabafo tapa-buraco.

Nota: o título que eu coloquei nesse post era pra ser um easter eggzinho, mas como eu sei que vocês são incultos que não apreciam a verdadeira arte, vou ter que dizer que é o primeiro verso do refrão de "Mitocôndria", do álbum Para Comer Alguém de Casseta & Planeta, e na verdade eu só coloquei essa nota pra encher lingüiça e deixar o post parecer maior do que realmente é. Olha como ficou grandão e legal. Se bem que não adianta muito já que essa nota tá com a fonte pequena. Vou me lembrar disso na próxima vez.

...


Diz aí se não é um filho da puta? Mas agora o Lipedal já saiu de Santo Ângelo, apesar de não ter moradia fixa, então não podemos fazer uma campanha pra que ele mude a descriçao do lugar dele pra "o único do escritório do Doutor que ainda mora no meio do mato."

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