Amarelos, camisinhas e mau gosto
Por Vexille || 00:00:00 || 26 de abr. de 2006
Este post vai em comemoração e homenagem à última quinta-feira, quando o caminhãozinho do Sedex me fez uma visitinha. O camarada, em troca apenas da minha assinatura, me deu uma singela caixinha de papelão. Dentro dessa caixinha, enrolado num delicioso exemplar da Folha Universal - Um Jornal a Serviço de Deus, estavam duas obras primas do cinema mundial: Bad Taste e A Camisinha Assassina, enviados por alguém que prefere não ser citado aqui. Valeu mesmo, alguém!
Arte
...
Só pra ser chato e apontar um detalhe, o item 2 do último post do Pedal fala dos tão chamados Slasher Films.
E, pra não ser injusto, vou comentar sobre o post do Atomic, que falou "Agora dêem licença que eu vou bater minha cabeça minha parede e tentar dormir um pouco."
...
Como uma obra do destino, pouco depois de começar a escrever este post, terminou o download de um filme sugerido pelo nosso amigo Atomic. E, posso afirmar com certeza, o filme merece um comentário aqui no Doutor. Uma resenha dessa vez, o resumão de Água Negra foi só pra aquecer.
Todo mundo sabe, mas é sempre bom ressaltar que os japoneses são doentes. Mas este filme consegue atingir o ápice da psicose amarela.
Battle Royale. Ou, em amarelês, BATORU ROWAIARU
A história é a seguinte. O Japão está um caos. As taxas de desemprego estão alarmantemente altas, com 15% da população desempregada (assim como a você, essa parte ativou o lado patriota do meu cérebro. Mas, para a minha desilusão, ainda não estamos tão mal quanto o Japão do Battoru Rowaiaru). 800.000 estudantes leram o meu post e estão gazeando freneticamente, enquanto as taxas de criminalidade juvenil aumentam sem parar.
Eis que os adultos, com medo dos garotos, aprovam uma nova lei: o ATO BATTLE ROYALE. O conceito é simples: todo ano, haverá um sorteio imparcial, e uma classe qualquer será escolhida para a Batalha Real. Eles são levados a uma ilha deserta e as regras são dadas: cada um deles receberá uma mochila com provisões e uma arma, e eles terão de se matar, até que só sobre um estudante vivo. Se houver mais de um sobrevivente dentro de três dias, todos serão mortos.
As armas vindas nas mochilas são aleatórias, para aumentar o fator surpresa, e variam de sub-metralhadoras a foices até LEQUES. Os otakus de plantão sabem que alguns animes têm uma guria qualquer que usa um leque pra dar uma porrada em alguém que tenha falado merda. Mas, provavelmente, também sabem que um leque de papel não surte o mesmo efeito na vida real.
Para aumentar o SUSPENSE, a classe conta com dois novos alunos mal-encarados, que foram recentemente transferidos.
Kawada e Kiriyama
Mas, decepcionante, logo descobrimos que um dos dois — o Kawada — não é do mal, e sim o "cara fodão que tá ali pra ajudar os personagens principais" (o que pode parecer estranho, já que todos deveriam estar se esfaqueando), pra dar aquele toque de clichê.
Já o Kiriyama, que entrou no BATORU ROWAIARU como voluntário, está ali pela carnificina. Ele consegue uma sub-metralhadora com cheat de munição infinita logo no começo, e esqueceram de avisá-lo que ele não é o Highlander, conseguindo até ser imune à stun guns (também conhecida como "aquela arma de choque", como me salientou meu amigo Kid, profundo estudioso da cultura anglo-saxã). Mas isso não é ruim, dá aquele toque Jason Vorhees à película.
Para aumentar a psicose, o filme conta ainda com um contadorzinho delícia que aparece de tempos em tempos, para nos informar de quantos participantes ainda restam vivos.
Há ainda um bônus! Entre os participantes, está ninguém menos do que GO-GO YUBARI, que, apesar de não usar uma morning star no filme, continua dilacerando garotinhos cheios de hormônios que querem dar umazinha com ela.
"E você é a Mamba Negra."
O que o filme tem de ruim:
As atuações de novela da globo está no sangue da maioria dos coadjuvantes do filme.
O roteirista era fã doente de animes de menininhas colegiais. Pra quem não conhece, as histórias desses animes geralmente giram em torno de menininhas que são apaixonados por um colega de classe, mas não têm coragem se declarar pro cara até o último episódio. E é justamente assim, praticamente TODOS os guris do filme são apaixonados por alguém da sala, nunca falaram sobre seus sentimentos, e só se revelam (no bom sentido, é claro) pouco antes de morrer.
Isso me lembra de um detalhe trash da película, o timing da morte dos personagens. É uma coisa linda. O mais típico é o cara sempre morrer depois de se declarar, ou depois de falar uma frasezinha legal. Chega ao cúmulo de um cara ser metralhado, cair no chão, depois levantar pra atender o telefone, comer um biscoitinho e dizer "o último. Tavam gostosos, os biscoitos", e morrer no segundo seguinte.
Mas, é claro, isso só contribui ainda mais pro STATUS trash do filme, assim como detalhes como uma gostosa psicótica matando as amiguinhas, e um hacker demoníaco que consegue digitar 10 linhas de código C PLUS PLUS por segundo.
A psicose atinge novos patamares
Meu veredito: 3 polegares para cima. Uma película bastante divertida quando se quer desligar o cérebro de histórias cheias de intrigas, conspirações, estratagemas e tramas complicadas para curtir um filminho divertido cheio de vísceras e carnificina. Ainda mais quando tem aquele toque de psicose amarela.
Penetre na cultura trash você também e assista essa delícia de filme.
Arte
Só pra ser chato e apontar um detalhe, o item 2 do último post do Pedal fala dos tão chamados Slasher Films.
E, pra não ser injusto, vou comentar sobre o post do Atomic, que falou "Agora dêem licença que eu vou bater minha cabeça minha parede e tentar dormir um pouco."
Como uma obra do destino, pouco depois de começar a escrever este post, terminou o download de um filme sugerido pelo nosso amigo Atomic. E, posso afirmar com certeza, o filme merece um comentário aqui no Doutor. Uma resenha dessa vez, o resumão de Água Negra foi só pra aquecer.
Todo mundo sabe, mas é sempre bom ressaltar que os japoneses são doentes. Mas este filme consegue atingir o ápice da psicose amarela.
Battle Royale. Ou, em amarelês, BATORU ROWAIARU
A história é a seguinte. O Japão está um caos. As taxas de desemprego estão alarmantemente altas, com 15% da população desempregada (assim como a você, essa parte ativou o lado patriota do meu cérebro. Mas, para a minha desilusão, ainda não estamos tão mal quanto o Japão do Battoru Rowaiaru). 800.000 estudantes leram o meu post e estão gazeando freneticamente, enquanto as taxas de criminalidade juvenil aumentam sem parar.
Eis que os adultos, com medo dos garotos, aprovam uma nova lei: o ATO BATTLE ROYALE. O conceito é simples: todo ano, haverá um sorteio imparcial, e uma classe qualquer será escolhida para a Batalha Real. Eles são levados a uma ilha deserta e as regras são dadas: cada um deles receberá uma mochila com provisões e uma arma, e eles terão de se matar, até que só sobre um estudante vivo. Se houver mais de um sobrevivente dentro de três dias, todos serão mortos.
As armas vindas nas mochilas são aleatórias, para aumentar o fator surpresa, e variam de sub-metralhadoras a foices até LEQUES. Os otakus de plantão sabem que alguns animes têm uma guria qualquer que usa um leque pra dar uma porrada em alguém que tenha falado merda. Mas, provavelmente, também sabem que um leque de papel não surte o mesmo efeito na vida real.
Para aumentar o SUSPENSE, a classe conta com dois novos alunos mal-encarados, que foram recentemente transferidos.
Kawada e Kiriyama
Mas, decepcionante, logo descobrimos que um dos dois — o Kawada — não é do mal, e sim o "cara fodão que tá ali pra ajudar os personagens principais" (o que pode parecer estranho, já que todos deveriam estar se esfaqueando), pra dar aquele toque de clichê.
Já o Kiriyama, que entrou no BATORU ROWAIARU como voluntário, está ali pela carnificina. Ele consegue uma sub-metralhadora com cheat de munição infinita logo no começo, e esqueceram de avisá-lo que ele não é o Highlander, conseguindo até ser imune à stun guns (também conhecida como "aquela arma de choque", como me salientou meu amigo Kid, profundo estudioso da cultura anglo-saxã). Mas isso não é ruim, dá aquele toque Jason Vorhees à película.
Para aumentar a psicose, o filme conta ainda com um contadorzinho delícia que aparece de tempos em tempos, para nos informar de quantos participantes ainda restam vivos.
Há ainda um bônus! Entre os participantes, está ninguém menos do que GO-GO YUBARI, que, apesar de não usar uma morning star no filme, continua dilacerando garotinhos cheios de hormônios que querem dar umazinha com ela.
"E você é a Mamba Negra."
O que o filme tem de ruim:
As atuações de novela da globo está no sangue da maioria dos coadjuvantes do filme.
O roteirista era fã doente de animes de menininhas colegiais. Pra quem não conhece, as histórias desses animes geralmente giram em torno de menininhas que são apaixonados por um colega de classe, mas não têm coragem se declarar pro cara até o último episódio. E é justamente assim, praticamente TODOS os guris do filme são apaixonados por alguém da sala, nunca falaram sobre seus sentimentos, e só se revelam (no bom sentido, é claro) pouco antes de morrer.
Isso me lembra de um detalhe trash da película, o timing da morte dos personagens. É uma coisa linda. O mais típico é o cara sempre morrer depois de se declarar, ou depois de falar uma frasezinha legal. Chega ao cúmulo de um cara ser metralhado, cair no chão, depois levantar pra atender o telefone, comer um biscoitinho e dizer "o último. Tavam gostosos, os biscoitos", e morrer no segundo seguinte.
Mas, é claro, isso só contribui ainda mais pro STATUS trash do filme, assim como detalhes como uma gostosa psicótica matando as amiguinhas, e um hacker demoníaco que consegue digitar 10 linhas de código C PLUS PLUS por segundo.
A psicose atinge novos patamares
Meu veredito: 3 polegares para cima. Uma película bastante divertida quando se quer desligar o cérebro de histórias cheias de intrigas, conspirações, estratagemas e tramas complicadas para curtir um filminho divertido cheio de vísceras e carnificina. Ainda mais quando tem aquele toque de psicose amarela.
Penetre na cultura trash você também e assista essa delícia de filme.
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