Sim, este é mais um post-diarinho.
Por yusanã || 13:59:00 || 9 de abr. de 2006E a culpa é do Lipedal. Pela ordem das coisas, eu deveria postar alguma coisa agora, mas eu estou muito puto para escrever algo legal. E a culpa é do Lipedal. (Rimou.)
Depois que fiquei sabendo que ele tinha dupla cidadania (italiana e brasileira) resolvi pesquisar e saber um pouco mais sobre meus ascendentes italianos. Não para saber coisas do tipo ‘oh, então foi lá que meu bisavô nasceu’, ‘ahhh, foi atrás daquela cerca que meus tataravós foram flagrados fazendo meu bisavô!’ ou ‘e era ali que seu avô largava os dejetos da família quando a fossa enxia’. Não foi para nada disso, eu só queria saber se eu também tinha direito a dupla cidadania.
Sendo assim, comecei minha pesquisa pelo meu próprio pai, que não soube me dizer nem aonde nasceu o pai dele e me mandou conversar com minha avó. Segui o conselho, e esta demonstrou que sabia tampouco como meu próprio pai. Por fim, minha lista de familiares conhecidos se mostrou tão útil quanto um casaco de pele de texugos num dia de 43º C em plena praia de nudismo.
Como sempre, os seres humanos demonstraram-se pífios e eu fui obrigado a fazer o que deveria ter feito logo no começo: recorrer a Deus. E até mesmo eu, que além de ascendência italiana, também tenho parentesco direto com Odin, sei que o único Deus que funciona nessas horas é o Google.
E este NUNCA falha. Taí a prova:
Este deve ser meu Tacaralhoavô, ou algo próximo disto, estou com preguiça de contar as gerações. O importante é que eu realmente tenho direito a dupla cidadania, pois meu Tataravô é de Cremona, na Itália.
Só por curiosidade: um Papa qualquer que não foi de nenhuma importância e um tal Stradivari também nasceram lá.
(Esta é a hora que vocês dizem “É mesmo? Grande bosta!” e eu fico triste.)
Voltando ao assunto, depois que descobri que também poderia ser cidadão italiano, recorri novamente a Deus para descobrir o que seria necessário para reclamar a mesma:
Porra, eu tenho preguiça de pesquisar até mesmo no Google, e agora teria de correr atrás de todos essas documentos em papel de verdade!
(Esta é a hora que vocês dizem “Hahaha, se fodeu!” e eu fico triste de novo.)
Eu ainda não estava completamente desanimado. Uma parte não-vagabunda de mim ainda dizia que valeria a pena procurar por tudo isso, mas felizmente essa parte parou de enxer o saco da parte vagabunda depois que leu isso:
15 anos?!
Puta que pariu! Ah, Itália, vai tomar no cu. Não quero mais ser um cidadão Ítalo-Brasileiro, é muita má vontade de trabalhar desses consulados, viu. Daqui a 15 anos eu já pretendo estar morto, sei lá, só não quero é ter que montar um calendário e escrever "Faltam 5430 dias para eu poder botar minha bunda no gelo italiano".
Se um dia precisar ir para a Itália, arranjo visto de turista e depois fico por lá ilegalmente, é bem menos trabalhoso.
(Esta é a hora que vocês vão até os comentarios e dizem "Que post de merda!", mas eu não vou ficar mais puto da cara do que já estou.)
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